segunda-feira, 30 de maio de 2016

A Importância das Raças



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  O processo evolucionário das raças detém elementos bem mais criteriosos e elaborados pelas Hierarquias Criadoras do que supõem os estudiosos da antropologia em suas pesquisas materialistas. As raças até agora evolucionadas, a lemuriana e a atlante - e a ariana em avanço - conduzem a um contexto muito mais profundo, sequer suspeitado pela ciência moderna. O surgimento das raças não foi casual, nem espontâneo, nem pretensamente acontecido pela miscigenação étnica acidental ao longo das peregrinações do homem como afirmam historiadores e autoridades acadêmicas da área. A verdade é bem outra conforme têm conhecimento os estudiosos do ocultismo e como estamos resumidamente procurando mostrar.

  Baseados nas falsas proposições de que não existem outros elementos comprobatórios de uma cronologia segura e confiável a fim de que a história do homem seja recontada senão somente a partir de antigos achados da arqueologia, pelas montagens antropológicas e por exames de velhos documentos selecionados, e partindo das premissas teóricas da evolução natural das espécies, concebidas por Charles Darwin, o materialismo vem reafirmando a inexistência de Deus, da alma, dos espíritos e negando causas e efeitos de leis naturais inferentes nos destinos da vida humana. O formalismo acadêmico por séculos vem enxertando os anais históricos com resenhas anotadas por especialistas e deferidas por institutos incumbidos em reunir elementos testemunhais concretos para oficializá-los, segundo regras que não podem ser transgredidas. Há documentos cujos textos-padrão são imutáveis, estando paralisados no tempo. Entretanto, há grande quantidade de fatos verídicos que foram sufocados, intencionalmente não compilados e de provas não consideradas. Além deste controle restritivo, houve no passado farta documentação perdida para sempre, destruída com as bibliotecas da antiguidade pelos vândalos conquistadores que hoje, provavelmente, ajudaria na montagem mais próxima dos fatos, ou na pior das hipóteses seria também desprezada e subjugada segundo os interesses, porém existiria para futuras considerações.

  Felizmente, passando por cima daquela visão míope e caótica, fatos antigos vêm sendo aos poucos divulgados mediante novas coletâneas de provas da própria arqueologia oficial ou paralela e pela apresentação de elementos documentais rescaldados dos mais diversos tipos de achados, que tiveram suas linhas descritivas remontadas. Entretanto, de novo levantam-se barreiras e estabelecem-se fortes correntes de governos mundiais que pretendem outra vez sufocar essas provas emergentes que sacudiriam os antigos fatos cuidadosamente elencados, que, uma vez oficialmente reconhecidos, dariam outros rumos à história universal. Grande parte dessas omissões se relaciona a elementos agora constatados em todo o mundo sobre naves alienígenas, ou, por recentes descobertas através do super telescópio Hubble e por outros potentes telescópios, comprovando a presença extraterrestre em civilizações diversas desde tempos muitíssimo recuados. Essa moderna e avançada tecnologia, apesar de elaborada por cientistas desejosos de confirmar verdades concretas, acaba por armazenar inúmeras outras evidências e levantar incógnitas, diferentemente do que suspeitavam encontrar, mas ainda mantidas sob a cautelosa e incomunicável guarda de nossa milenar história.

   Há reconhecidas manobras para manter a história como está, pois se algumas importantes verdades amordaçadas através dos séculos, bem como todo o aparato montado pelas fábulas darwinistas fossem desmascarados de maneira inequívoca, haveria de imediato um prejuízo enorme ao edifício do monopólio materialista fortemente blindado nas suas insuspeitadas bases. No entanto, nada se guarda indefinidamente sem que um dia não venha a público. E com inusitada velocidade o mundo virtual e o real têm visto, ouvido e lido surpreendentes revelações acompanhadas de imagens comprobatórias da revolução que a tecnologia tem provocado sobre os fatos históricos e científicos até então aceitos.

   E por que existem tantas raças humanas e povos continuam a existir com tantas diversidades étnicas? Sob a visão ocultista há o desenvolvimento de um programa planejado em minúcias onde se inserem e fazem parte Hierarquias do sistema solar. As raças até agora esotericamente catalogadas seguem um cronograma original para o planeta Terra, para a cadeia a que o planeta pertence intrarelacionada com outras nove cadeias inexploradas pela Astronáutica; logo para nossos homens de ciência, inexistentes. Se há na Terra outros povos, outras humanidades e grupamentos anômalos cujas obscuras origens a antropologia biológica ou a antropogênese não conseguem amparar em seus catálogos, alguns deles efetivamente nunca fizeram parte do Grande Plano da Criação emanado da Inteligência do Logos Solar e de Seus Ministros Supremos. Mesmo as subraças lêmures e as duas primeiras do período atlante não deixaram elucidativa memória de suas epigêneses senão uns poucos e diluídos rastros nas subraças de sangue e genes mais poderosos, agora também em processos de extinção.

  Há registros nas mais variadas formas e tipos de um passado muito distante; há inscrições em pedras, murais, pergaminhos, papiros, cavernas, templos, pirâmides, obeliscos, estátuas e noutros veículos que nos fazem recuar no tempo, imaginar e buscar na intuição como teriam sido as nuances das ondas migratórias de povos e seus fenecimentos. Mas esses mesmos registros também demonstram a presença de deuses bons e maus vindo das estrelas e entrando nas filhas dos homens, portanto criando novos tipos étnico-raciais.

  Os povos da Suméria foram pródigos na memória pós-civilização; as mais de 24.000 tabuinhas de argila encontradas por arqueólogos em Nínive, guardadas na biblioteca do rei Assurbanipal, e outras 50.000 encontradas na cidade de Nipur, ao sul de Bagdá, somando-se a uma biblioteca na mesma Nipur contando 20.000 volumes sobre direito, ciência e religião, demonstram o poderio das reminiscências da antiga história. Esse fantástico acervo nos conta das histórias comuns e estranhas de suas civilizações; das gênesis de seus deuses, e de suas ciências que iam da astronomia aprofundada, alicerçada por inventos e observações do cosmos - impossíveis de serem realizadas senão sobrevoando os espaços - à mineração do ouro, prata, às edificações suntuosas de templos e cidades, e ao desenvolvimento da medicina e produção de remédios.

  Pesquisadores modernos contam que durante o período sumério, extraterrestres ali teriam estado e realizado experiências genéticas criando uma nova raça de homens somente para servi-los nas minerações na África. O que evidentemente concordamos em relação à presença alienígena, pela quantidade de provas arqueológicas encontradas, não somente ali como em outras partes do planeta. Uma prova disso nos dá um astrolábio sumério achado em perfeito estado, idêntico ao que se inventaria milênios depois, e peças metálicas cujas naturezas, ligas e conhecimento tecnológico não poderiam ainda existir para os diferentes povos da Terra. Isso há 8.000 anos ou talvez muito mais! Não cremos, porém, que esses extraterrestres aportados na Suméria fossem amistosos e tenham vindo para cá com a finalidade de também nos auxiliar. Teriam vindo de Nibiru, mas não foram sob nenhuma hipótese os pais de nossa humanidade.

  As raças não escapam dos inflexíveis ciclos da natureza, impostos por suas leis de conservação e transformação aplicadas a todas as vidas ou grupamentos de vidas. Embora haja raças e muitos ramos originados de principais troncos produzindo vidas por milhões de anos, como no caso das subraças atlantes ainda em maior número no planeta, os ciclos de nascimento-crescimento-apogeu-decadência-morte, são inevitáveis, e trarão o final dessas expressões raciais transformando-as em ramos étnicos em extinção ou, antes disso, os dissolverão em amálgamas com subraças mais poderosas que ainda virão a surgir.

  Alguns dos objetivos impressos na memória das raças humanas permaneceram insondáveis durante muito tempo. Ocultistas, porém, sabiam que as raças detinham o papel principal de alojar almas a fim de que pudessem suas mônadas auferir dos benefícios da sabedoria da criação. Hoje é sabido que os corpos: físico, etérico, astral e mental do planeta relacionados com os planos inferiores do universo de nosso sistema solar, interagem com as vontades, desejos e ânsias das vidas dos três reinos não humanos num processo inconsciente e semiconsciente. Porém, em se tratando do quarto reino este alcança status superior e de toda a sorte realizador nos três mundos - o físico, o astral e o mental – porque neste reino o homem caminha para a autoconsciência.

  As almas humanas em formações ou treinamentos, submetidas obrigatoriamente às prisões dos corpos biológicos, a princípio se debatem às cegas num mundo de forças duais e opostas, para depois aprenderem a dominá-las e direcionarem seus propósitos para além das necessidades comuns e compensações materiais. Cada raça e subraça que se organiza e se espalha na Terra, traz um propósito subjacente para o melhor aparelhamento dos veículos organizados por bilhões de egos em composições de almas. Os embates espírito x matéria revolvem e requalificam a matéria dos mundos onde as almas vibram através de seus veículos de manifestação. Com isso, o próprio planeta passa por aprimoramentos e iniciações dos campos vibracionais de seus átomos em diferentes graus de organizações moleculares, e a inteligência imanente do Logos nos átomos que constituem a totalidade da matéria planetária também se requalifica com outras colorações.

  Temos assim que a raça lemuriana ao trabalhar sua própria matéria física auxiliou também o corpo físico planetário e sua contraparte etérica a entrar numa nova fase de apuramentos. O longo processo de articular o desenvolvimento emocional dos povos atlantes trabalhou simultaneamente o plano astral planetário. Do mesmo modo, o desenvolvimento dos variados aspectos dos corpos mentais inferiores dos povos atlantes e os aspectos superiores dos corpos mentais no desenvolvimento ariano, vieram trabalhar as respectivas matérias dos planos mental concreto e abstrato do planeta. Nesse quadro, bilhões de egos juntos, representam, proporcionalmente, partes da personalidade planetária e de sua alma. E os bilhões de espíritos emancipados do carma representam juntos, proporcionalmente, partes do espírito planetário.

  O planeta Terra é uma entidade possuidora de corpos inferiores e superiores que nas proporções humanas o homem também possui. É também um ser em evolução que recebe em seus corpos o Logos Planetário - um dos sete Ministros do Logos Solar - que não somente encarna-se na Terra, como é a principal referência de incorporações das forças e energias cósmicas para a cadeia onde se situa e pertence o nosso planeta. Seu papel é de muito maior relevância do que possamos suspeitar no processo evolutivo; ele é o Deus planetário sob cujas ordens o planeta avança e realiza conquistas através de miríades de vidas e processos de energias e forças. Este ser foi durante milhões de anos, exatamente Sanat Kumara. Atualmente este honroso e poderoso cargo é ocupado pelo Senhor Buda Gautama, tendo Sanat Kumara se retirado, passando a ocupar outra função transcendente às posições hierarquicas espirituais da Terra.

  O homem passa, o ser humano passa, as raças passam, porque são meras formas num mar ardente de forças guiadas por uma Consciência Diretora que em cada um habita. A chama interna arde no homem e permanece ardente enquanto a consciência embrionária se desenvolve sufocada por muitos véus. Os véus são os estágios pelos quais o homem precisa passar e ultrapassar para tornar-se conhecedor. A chama assiste, intui e guia até certo trecho do caminho, mas necessitará de combustível para continuar a arder; e se nada recebe não conseguirá ir mais além, pois na balança da natureza é necessário sempre doar-se para receber.

  A chama ardente ilumina e cresce de modo incontido e depois de ter consumido todos os véus consumirá também ao próprio homem. O homem é vagante e transitório, um simples sopro. A vida é transitória, o planeta e o sistema solar são transitórios, nada restará daqui a alguns bilhões de anos terrenos senão a chama trazida de volta ao seu lugar de origem. Deus é um Fogo Monumental, incontáveis são as chamas que O rodeiam e Dele se desprendem numa pequena fração de tempo, sem de fato se desprender, e a Ele retornam sem nunca terem partido, trazendo o que Ele desejou obter. Sua glória está nas chamas e as chamas são a Sua glória. Esse é o início e o fim do que sabemos, mas não o final de tudo por que se há um final nem as chamas ainda conhecem.

  Cada raça, portanto, cumpre o seu papel adrede programado pelas Hierarquias Criadoras. Nada é mais importante do que avançar e atingir a meta, pois a meta envolve a conexão de muitos fatores num conjunto em que nenhum átomo, próton ou elétron deixará de cumprir o que lhe está destinado. A raça lemuriana ao desenvolver o corpo físico e iniciar o desenvolvimento do corpo etérico, segundo o modelo estabelecido, iniciou também o trabalho de ativar seus átomos. Os átomos são a base de todo o universo, Deus está no átomo. Quando o homem descobrir todos os segredos do átomo físico descobrirá um dos propósitos da criação, dos mundos, das cadeias planetárias, dos reinos, e da natureza como uma totalidade planetária. Devem, no entanto, os homens entender que o átomo sendo múltiplo na sua forma física é múltiplo também na sua realidade em todas as dimensões. Há sete tipos básicos de átomos na matéria dos sete mundos que se intralacionam segundo leis da física e química ocultas. Os elementos constitutivos do átomo são capazes de se dissolver num determinado plano sob certas condições, se transferir e se reorganizar noutros planos em condições diversas.

  Os homens da química acadêmica estão manipulando somente com as leis físicas onde o átomo se apresenta sob a forma projetada por uma possível definição ou suspeitada aparência de assim ele ser. A cada tempo, no entanto, sob as pesquisas da moderna tecnologia, conseguem os cientistas rastrear outras possibilidades na constituição dos elementos do átomo e assim elevam cada vez mais o número de suas partículas constitutivas. As barreiras dessas constatações e pesquisas estão justamente nas dificuldades de aprisionar um átomo de forma absoluta, pois o átomo é energia pura organizada por elementos que rapidamente interagem, adquirindo novas aparências e qualidades, desdobrando-se em novos elementos ou desconhecidas energias. Os físicos das pesquisas quânticas começam a se aproximar de certas gamas dimensionais onde os elementos do átomo escapam e desdobram possíveis novas organizações, abrindo assim perspectivas de comprovações de mundos paralelos.

  O átomo físico realmente não existe como algo sólido, com geometria tridimensional, pois ele é supostamente ponderável somente enquanto agregado em massa, ao passo que massa é também energia e ambas interagem em condições duais enquanto os átomos estejam agregados. Quando a massa perde seu poder de coesão a energia concentrada se dispersa em células que rapidamente se desfazem em moléculas e voltam a se reduzir a unidades atômicas aparentemente isoladas, retornando ao reservatório da natureza. Os átomos conhecidos pela ciência material podem ser chamados de químicos e de tempos em tempos o poder do Terceiro Logos cria a possibilidade de novos átomos que o Segundo Logos modela e vivifica na natureza com qualidades recentes.

  No planejamento da criação das sete raças, houve um programa minucioso das Hierarquias Criadoras no sentido de que a cada ronda (*) fossem vivificados os elementos constitutivos dos átomos permanentes que formam as tríades superior e inferior organizadas para a manifestação da mônada na natureza. Como se sabe, nos encontramos na quarta ronda onde o trabalho das Hierarquias junto às raças é de prove-las de condições a despertar a quarta série das espirilas dos átomos-mestres ou permanentes. A forma estrutural do átomo na matéria das dimensões superiores ao mundo físico é diferente da estruturada no átomo químico, sendo aquele primeiro mais poderoso na capacidade de deter energias e transmiti-las.

  (*) Rondas são giros sistemáticos realizados por todas as vidas de todos os reinos em sete ondas de manifestações em sete diferentes oportunidades, durante incontáveis números de anos de nossa cronologia terrestre. Os giros percorrem a cadeia do planeta Terra constituída por sete planetas, incluindo a Terra, formados de matérias inerentes a cada dimensão onde, respectivamente, os planetas se localizam naquele momento. Cada ronda perdura por milhões, talvez bilhões de anos terrestres em seu total percurso pela cadeia, e seus produtos de todos os reinos vão a cada tempo, simultaneamente, se ancorando nos sete planetas da cadeia. Tendo percorrido os sete planetas da cadeia, e depois de um período de descanso, novo giro é iniciado pela cadeia na mesma sequência do anterior. Atualmente, atravessamos a quarta ronda, estando a Terra vivenciando o desenvolvimento da quinta raça-raiz, a Ariana, com enfoque em sua quinta subraça, e aqui na Terra essa Raça-Raiz completará o seu total desenvolvimento após a passagem da sétima subraça. Então dará lugar à sexta raça-raiz, com suas sete subraças e por último virá a sétima raça-raiz em igualdade de planejamento.

  As demais cadeias planetárias de nosso sistema solar também se desenvolvem em idêntico cronograma com seus sete planetas, todavia com tempos diferentes em relação às cronologias umas das outras e ordens numéricas de suas rondas, bem como das atuais raças em percursos.

  Assim, as raças são instadas a trabalhar pelo seu crescimento e desenvolvimento físico, emocional e mental, enquanto seus átomos-mestres recebem os impactos vibratórios e aceleram seus movimentos internos. Esse despertar segue um ritmo longo e demorado nos seus resultados para o homem não iniciado, uma vez que das sete séries de espirilas somente uma é despertada inteiramente a cada ronda. Desse modo tivemos nas três rondas anteriores de manifestação da vida uma série de espirilas desperta a cada ronda, sendo que a quarta ronda está destinada a despertar a quarta série de espirilas.

  A questão é: por que exatamente sete cadeias principais (as três outras não se configuram ainda num contexto maior no sistema solar), sete planetas, sete rondas, sete raças, sete subraças, sete séries de espirilas, etc.? Este fator é de origem cósmica, estando ligado a uma qualidade vibratória que pervaga e se imprime no oceano das energias de nosso sistema solar, sobrevindo de uma conjugação de fatores ligados aos sete sistemas solares dos quais o nosso é um deles. Provável também estar relacionado aos seis outros universos fora do nosso da Via Láctea, em que naqueles universos muitos bilhões de outros sistemas solares têm lá suas existências.

  Tanto os sentidos físicos estiveram sendo estimulados, quanto os sistemas de chackras que se distribuem nos corpos etérico, astral e mental do homem. No plano geral das raças cada um desses aspectos que foram trabalhados e intensificados na medida em que as subraças foram evolucionando, representaram iniciações ou novos estados de capacitação dos egos. Sabemos que as duas raças não humanas, a polar e a hiperbórea, iniciaram o desenvolvimento da audição e tato através dos milhões de anos que antecederam ao aparecimento da raça lemuriana. Os lêmures, por seu turno, foram trabalhados pelas hierarquias a dar ênfase ao desenvolvimento da visão, pois como se sabe, essa raça se manifestou inicialmente como ciclopes de um só olho localizado mais ou menos entre as sobrancelhas, vindo posteriormente desenvolver as vistas.

  A raça atlante foi treinada a desenvolver o sentido do gosto ou paladar, enquanto a raça ariana desenvolve o sentido do olfato. Devemos entender que esses sentidos, os animais também possuem, e os primitivos lêmures já os possuíam. No entanto, através dos tempos vem acontecendo o aprimoramento de cada um deles não somente no aspecto físico, como dos corpos sutis da humanidade. Os sentidos físicos, na realidade, concentram-se no cérebro etérico de onde tanto atuam no cérebro físico absorvendo impressões, quanto nele as imprimem a fim de que o cérebro identifique as formas materiais e as perceba segundo suas características. A natureza é a principal fonte de todas as coisas criadas no homem e todas as coisas se relacionam com planos ou mundos superiores que nos envolvem. As malhas de causas e efeitos que se desdobram maravilhosamente nos espaços vêm se materializar no mundo físico em veículos dos quatro reinos. A radiação do mineral, o magnetismo do vegetal, o instinto do animal, o intelecto do homem se direcionam todos a certas áreas dos quatro corpos humanos e todos vêm trazer aspectos relacionados aos seus órgãos físicos.

  De todos os modos, as emanações, princípios e características dos reinos influem nas presenças dos sentidos humanos porque as correntes arquetípicas atingem a todas as vidas que respondem segundo suas naturezas simples ou complexas no panorama natural, e as ligam. Os sentidos, que no ego ou personalidade humana individualmente manifestados atingem a perfeição, em conformidade com o avanço das raças, ao início de tudo são identificados pelos orientais como elementos cósmicos chamados tanmâtras. Os tanmâtras são forças sutis veiculadoras dos cinco elementos ar, fogo, terra, água, éter que se correlacionam diretamente aos aspectos formadores dos cinco sentidos, e esses aspectos, nas suas ações mais largas, se transformam em propriedades ou qualidades características da matéria. Assim, os influxos das forças e energias inteligentes modeladoras dos protótipos ou arquétipos da criação fluem ininterruptamente pelos espaços e vêm encontrar as miríades de vidas concentradas nas formas, e em graus mais elevados aos corpos raciais, que precisam estar adequadamente formados para a recepção desses influxos e sobre eles reagir materializando sempre qualidades. Na medida em que as mentes e emoções são exigidas a fim de estimular o trabalho dos átomos em seus corpos internos, o aparelho físico racial precisará responder adequadamente a fim de habilitar ao ego em formação a expandir as energias circulantes, externando-as em processos criativos ou de adaptações ao mundo físico.

  Havia a necessidade de criar na Terra, nos subplanos físico, astral e mental um campo vibracional onde pudessem ancorar-se sempre as energias renovadoras melhor qualificadas. O planeta em seu processo evolucionário necessita apurar sempre sua qualidade como uma entidade viva, e essas energias e forças o espírito planetário estimula, absorve e as caracteriza como sua própria personalidade. Ou seja, milhões de egos em trabalhos de edificação e alinhamento de uma personalidade em consonância com os seus protótipos, representavam nas primeiras raças as faces iniciais da personalidade em edificação, do espírito planetário. E esse é um dos motivos de as raças serem compostas, cada uma, de sete subraças uma vez que as energias e forças do universo necessitam encontrar ancoradouros em seus fluxos e refluxos e assim vir a interpolar, interligar e produzir avanços específicos. Neste particular, desde os evos lemurianos até agora, os avanços das raças se refletem nos avanços da Terra, na cadeia a que nosso planeta pertence e em âmbito maior no próprio sistema solar, segundo regras inicialmente impostas ao processo evolucionário.

  Nós esotéricos achamos incrível homens de raciocínio objetivo e concreto se apegarem a coisas tão ilógicas, como a um big-bang, origem e fim de tudo, sem a mente de um Criador a ordenar toda a existência e sem muitas outras mentes servidoras estarem a trabalhar para transformar e transmutar a matéria onde o espírito (energia, força, consciência, inteligência, vontade, etc) se manifeste como a essencialidade da própria Vida. No final de nossas reflexões, achamos que há cientistas de pensamento chumbado que realmente não conseguem se desprender de ideias ortodoxas acerca da criação do universo. Alguns se prendem ao orgulho pessoal ao terem defendido por toda a vida à inexistência de um Plano Inteligente e prévio ao surgimento do universo e agora mediante tantas provas em contrário não têm a humildade de recuar. Outros, simplesmente por estarem a serviço de grandes oligarquias mundiais estão controlados.

  Os invencíveis grupos trabalham com o poder de astronômicas somas de dinheiro, e cujos planos não são os melhores para todas as nações. Com toda a certeza não haveria misérias, fome, insalubridades, tantas doenças e guerras com a aterradora e financiada tecnologia da destruição, se a ciência fosse realmente um patrimônio da humanidade sem outros interesses. Afinal, a ciência sempre existiu em civilizações passadas e existe em civilizações de outros planetas habitados, pois ela é um fator natural de desenvolvimento para tantas finalidades. Algumas dessas finalidades são de levar o homem a conhecer os extremos poderes da matéria, suplantar seus congelados axiomas e a herança de um pragmatismo que somente serviu para outras eras e, finalmente, levar a entender da verdadeira potencialidade acima da forma, da dualidade, conhecer a unidade, e assim nesses caminhos alcançar os preâmbulos da imensa ciência de Deus. A ciência de Deus é infinita, e quaisquer que sejam os avanços e conquistas que o homem de ciência atinja, ele será sempre um neófito.

Capítulo VI do livro No Arco das Iniciações por Rayom Ra, disponível para leitura em [Rayom Ra (Rayom_Ra) on Scribd | Scribd].

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domingo, 29 de maio de 2016

A Criação do Sistema Solar

  Cientistas de modo geral são céticos quanto à existência de um Criador. Embora a lógica ateísta de algumas teses das ciências materiais possa ser asseverada por leis físicas e demonstrada matematicamente é tudo muito limitado e questionável, devido ao fato de o homem nada inventar, mas unicamente redescobrir e transformar. O enquadramento de fenômenos naturais dentro de situações previsíveis ou a aplicação de leis físicas para o utilitarismo, somente vêm reforçar que a natureza é inteligente. O homem trabalha a matéria e dela obtém outros recursos, mas não cria leis para suas transformações: se apropria das leis existentes na natureza e as dirige para seus objetivos na medida de suas investigações.

  A questão do evolucionismo por geração espontânea após o big-bang parece ao esotérico uma incrível ingenuidade da mente científica de nossos dias. É só comparável às interpretações de nativos acerca da existência do universo e fenômenos da natureza. Aliás, os nativos, em suas primitivas crenças, sempre acreditaram num criador, não importando a forma como o descreviam, ao contrário da mente científica que se julga soberana pela tecnologia até agora desenvolvida. Entretanto, vemos que essa posição antes com ares de absolutismos, dia a dia se enfraquece.

  O mundo cansou-se de atestar erros avaliativos de cientistas cujas arrogantes declarações somente causaram ora medo, ora preocupações ou falsas expectativas do desvendamento definitivo de certos enigmas da existência humana. Da mesma forma, religiões assoberbaram-se da sabedoria. Fanáticos criaram crenças e movimentos pseudo verdadeiros, ou divulgaram profecias sobre um final do mundo que não aconteceu.

  Essa volúpia pelo reconhecimento popular jamais guiou a expressão do pensamento de verdadeiros esotéricos, mesmo porque a filosofia de suas investigações e ensinamentos nunca foi aberta indiscriminadamente. E aqueles que se aventuraram ao longo da história a pregar ao mundo certas verdades universais para a libertação das várias algemas terrenas, foram sistematicamente anatematizados, calados à força ou mortos pelos poderosos a quem não interessava a liberdade do pensamento.

  O esotérico cultua o conhecimento investigativo de uma sabedoria tão antiga que se perde nos anais do tempo terreno. E, principalmente, trabalha com afinco para a evolução planetária e de seus habitantes. O próprio pensamento científico de todas as áreas foi trabalhado desde os seus primórdios pelos homens devotados ao esoterismo.

  O termo esotérico é proveniente de esotéricos, palavra grega que significa interno, oculto. Essa terminologia é aplicada genericamente ao praticante das artes místicas, mas principalmente àquele que se dedica a vivenciar as verdades do ocultismo. O esoterismo, portanto, se interioriza na investigação, conhecimento e prática das ciências ocultas. Mas o esotérico é também um estudioso das ciências materiais, por isso achamos adequado dizer em poucas palavras que esoterismo são apropriações do oculto através de estudos e práticas iniciáticas, e em certo grau de consequentes relações com o mundo objetivo.

  Há várias conceituações sobre a criação do universo. O conhecimento humano de Deus e Seus propósitos para nosso sistema solar são tão elevados e incompreensíveis que na atualidade, por mais que nos esforcemos por entendê-los, atingiremos unicamente ínfima parcela dessa realidade. A sabedoria da criação é somente detida pelo esotérico em pequenas porções, segundo sua evolução mental e espiritual. O cérebro humano jamais poderá armazenar todas as informações sobre Deus, porque é feito de matéria condicionada ao espaço-tempo e Deus é infinito e transcendente a tudo.

  Há muitas inteligências obrando no sistema solar constituindo hierarquias. Esse é um dos motivos pelo qual existem interpretações diversas sobre Deus e Sua obra, pois quando representantes dessas hierarquias superiores, que nada têm a ver com a evolução da humanidade terrena - senão a intenção de ajudar ‑ se põem a esclarecer, surgem controvérsias. As hierarquias próximas de nosso mundo, por vigiar-nos mais de perto e conhecer melhor nossas dificuldades e caminhos percorridos, passam-nos com maior frequência informações e conhecimentos esotéricos não disponíveis ainda às fontes histórico-científicas, e mais apropriados a nossa pequena evolução.

  Podemos inicialmente dizer que toda e qualquer especulação acerca de Deus é inútil se não procurar-se antes entender alguns aspectos externos de Sua obra. Ainda que a fração do conhecimento esotérico da criação possa parecer grande, ela é mínima ao nosso atual estágio evolutivo. Mesmo grandes mestres da estatura espiritual de Cristo, Buda ou Jesus têm conhecimentos limitados, embora esses conhecimentos nos pareçam infinitos.

  Alice Bailey traz as seguintes definições sobre os princípios criadores:

  “Há um Ilimitado e Imutável Princípio: uma Realidade Absoluta que antecede todo o Ser condicionado em manifestação. Está além do limite e alcance de qualquer pensamento ou expressão humanos. O Universo manifestado está contido nesta Absoluta realidade e representa um símbolo condicionado Dela. Na totalidade deste Universo manifestado, três aspectos são concebidos:
  1. O Primeiro Logos Cósmico, impessoal e imanifesto, o precursor do Manifestado.
  2. O Segundo Logos Cósmico, Espírito-Matéria, Vida, o Espírito do Universo.
  3.  O Terceiro Logos Cósmico, Ideação Cósmica, a Alma Mundi Universal.”
     
  Destes três princípios básicos criativos, em sucessivas graduações, emana uma sequência ordenada de inúmeros Universos que compreendem astros manifestados e sistemas solares.
  Cada sistema solar é a manifestação da energia e vida de uma grande Existência Cósmica, a Quem chamamos, na falta de melhor definição, um Logos Solar.
  Este Logos Solar encarna ou vem à manifestação através de um sistema solar. Este sistema solar é o corpo, ou forma, desta Vida cósmica, sendo ele próprio tríplice.
  Este tríplice sistema solar pode ser descrito em termos de três aspectos ou de três Pessoas (como a teologia cristã costuma estabelecer)”.

  Religiões esotéricas como o budismo e o taoísmo, por exemplo, não se prendem muito a explicar sobre um Criador como acontece com as religiões monoteístas. Na verdade, preferem não estimular muito essa questão, mas trazer ao homem métodos do despertar nele de sua própria divindade. O budismo, neste particular, não reafirma a presença de um deus único e criador, antes fala de vários outros deuses criadores. Entendemos esta referência não de maneira total e radical, pois o conhecimento milenar bramânico, precedente ao budismo, fala de um Criador absoluto, inabordável, plasmador de tudo o que o universo contém, chamado Brahman. Sobre isto, Helena Petrovna Blavatski nos traz a seguinte definição:

 “Brahman ou Brahma, é o impessoal, supremo e incognoscível Princípio do Universo, de cuja essência tudo emana e a qual tudo retorna. É incorpóreo, imaterial, inato, eterno, sem começo nem fim. É onipresente, onipenetrante, anima desde o deus mais portentoso até o mais diminuto átomo mineral.”

“Brahmâ, é o Deus criador masculino, que existe só periodicamente em sua manifestação e logo entra de novo em pralaya, isto é, desaparece e é aniquilado. Desaparece e volta a Brahma do qual procedeu.”

“Brahmâ, masculino, com o final largo (â), é o Deus ou Princípio Criador do universo, ou em outras palavras, é a personificação temporal do poder criador de Brahma (Brahman).”

  Pralaya, entre os indus, é um período de repouso, ou de não atividade externa entre duas manifestações de um universo. Ou seja, um universo se manifesta durante certo e longuíssimo período, depois se recolhe em pralaya, cessando todas as suas atividades externas, desaparecendo da manifestação. Após um período em pralaya o universo volta a se manifestar. A manifestação de um universo é denominada pelo esoterismo indu de manvantara. Há manvantaras de diversas magnitudes, caracterizados em manvantaras maiores e menores como há os pralayas respectivos aos manvantaras. O sistema solar é um destes universos que vive seus pralayas.  

  Os budistas foram através dos tempos melhor se organizando em suas doutrinas. Vejamos o que continua a nos dizer HPB:

  “Buddhismo ou budismo. É a filosofia religiosa ensinada por Gautama Buda. O budismo está atualmente dividido em duas igrejas distintas: a do sul e a do norte. Diz-se que a primeira é a forma mais pura, por haver conservado mais religiosamente as doutrinas originais do Senhor Buda. É a religião do Ceilão (Sri Lanka), Sião (Tailândia), Birmânia (Mianmar) e outros países, ainda que o budismo do norte se ache limitado ao Tibet, China e Nepal...”

  Desse modo, tudo o que Buda possa ter passado oralmente aos seus iniciados hoje se transformou em doutrina. Se os budistas pregam a existência de vários deuses solares ou forças criadoras, nisto fica subentendido, na atual nomenclatura, as hierarquias criadoras. E é desta maneira que o moderno esoterismo se refere aos antigos deuses, pois o trabalho construtor de nosso sistema solar e sua manutenção são de responsabilidades de hierarquias.

  Sem dúvida que os deuses criadores constituem as hierarquias que no passado se ocuparam em trabalhar em prol da criação do sistema solar e de sua evolução. E continuam em seus trabalhos. Já a Bíblia, conforme vimos na primeira parte desta obra, no capítulo do Gênesis, vem destacar logo ao seu início a presença dos Elohim, ‑ plural de Eloha, ‑ portanto, deuses. Essa realidade em nosso sistema solar não independe de e nem descarta a possibilidade de um Deus Superior ‑ como o Brahman indu ‑ a Presença Onipotente e Onipresente de Quem tudo emana.

  Outros universos existem ‑ ao que sabemos pelo menos sete grandes universos contendo inúmeros universos menores - e além dos sete universos, há novos em formação.  Outros deuses criadores também existem com idênticas atribuições as de Brahmâ.

  Mas voltando às origens de nosso sistema solar, entendemos a manifestação de um Logos Criador como sendo o Brahmâ masculino indu, uma personificação do Imanifesto Brahman, que o idealizou através de Sua projeção. Imaginamos que do Seu véu de existência Brahman modelou uma idéia, como a um Deus Etéreo, e a fez projetar-se a fim de criar e vivificar o Logos com princípios inteligentes e perfeitos para edificar no espaço-tempo um novo sistema solar.

  E por que deveria um novo sistema solar vir à existência neste nosso universo (ou super universo) em que nossa galáxia é tão somente uma em milhões? Quanto a isto estamos longe de saber, mas o fato de certa maneira nos desperta também reflexões acerca de ulteriores evoluções de deuses e hierarquias a cada avanço dos universos, que, nas suas construções, condensam estados dimensionais ainda superiores as dimensões de nosso sistema solar. 

  Temos então o Incorpóreo, o Criador masculino Brahmâ, chamado Logos Criador ou Primeiro Logos, trazendo concretamente o sistema solar à existência através de duas manifestações objetivas, chamadas no esoterismo de Segundo e Terceiro Logos. Imaginamos que do Primeiro Logos emanou o Segundo e do Segundo emanou o Terceiro. Entretanto, esse desdobramento pode não ter tido uma seqüência pausada e ordenada dessa maneira, pois tanto o Segundo como o Terceiro Logos possam se ter manifestado simultaneamente e cremos de fato que foi assim.

  Costuma-se dizer que a criação não teve começo nem terá fim. Bem, digamos que essa frase resuma nossa incapacidade de entender o universo. Mas o sistema solar foi uma necessidade em meio às miríades de tantas outras criações, vindo à existência objetiva numa determinada faixa vibratória do tempo, numa porção espaço-matéria.

  Há bilhões de sistemas solares surgidos em galáxias de tantas nebulosas. O grande manvantara ou grande manifestação do macro-universo continua em expansão. Para melhor nos situar estabeleçamos que os sete grandes universos que englobam inumeráveis outros universos menores, existam num só universo maior como resultado de uma só ideação de um inabordável Criador. Essa ideação que a tudo envolve, penetra, absorve e se expande, seja por nós chamado de macro-universo, existindo num contexto objetivo e subjetivo de manifestação. Ao nosso universo como sendo um dos sete grandes universos, contendo muitas nebulosas com bilhões de galáxias e sistemas solares (imaginamos), chamaremos de super-universo; à nossa galáxia, com seus sistemas solares, onde o nosso se acha incluído, chamaremos simplesmente de universo.  E o grande círculo de existência aonde vivemos, nos movemos e temos nosso ser, chamaremos eventualmente de universo de nosso sistema solar.

  Nosso sistema solar, portanto, precisou vir à manifestação onde a galáxia chamada via-láctea existiria. O Logos Solar ao manifestar-se já encontrou um tipo de matéria nesse universo objetivo, começando imediatamente nela trabalhar pela ação de seu terceiro aspecto chamado de Mente Universal.

  Os indus chamam de mulaprakriti a matéria que deu origem ao sistema solar. No ocidente ela é chamada, dentre tantos outros nomes, de matéria primordial, matéria pregenética, aether, ou matéria raiz, sendo a mesma encontrada pelo Logos em estado de caos, ou seja, em repouso, indiferenciada, não ordenada, mas com todos os princípios de efetiva produtividade e transformação latentes.

  A origem dessa matéria é somente suspeitada pelos ocultistas, pois se admite que ela se tenha originado do véu de Brahman que interpenetra o super-universo. Num determinado momento de Sua existência, Brahman modificaria a contextura de Sua matéria em tais e imensuráveis proporções que ela pudesse ser utilizada na construção de novos universos e sistemas solares. Algo inimaginável tanto em volume quanto na Ideação.

  Ao encontrar essa matéria primordial disponível, o Terceiro Logos ou Mente Universal delimitou o campo de sua atividade expandindo Sua consciência num determinado espaço-matéria, produzindo o que se convencionou chamar de o Grande Círculo de Sua Existência. Vejamos o que nos passa Arthur E. Powell:

  “Podemos ilustrar este processo preparatório por meio de duas séries de símbolos: um que mostra a tríplice manifestação da consciência do Logos, e outro, o triplo câmbio na matéria em correspondência com o triplo câmbio de consciência.
Tomamos inicialmente a manifestação da consciência uma vez que o lugar do universo fora demarcado:

  1. O Logos mesmo aparece como um ponto no centro da esfera (ou círculo).

  2. O Logos avança desde o ponto em três direções até a circunferência ou círculo de matéria (formando um tripé de segmentos eqüidistantes).

  3. A consciência do Logos volta sobre si mesma, manifestando-se em cada ponto de contato com o círculo, um dos três aspectos fundamentais da consciência, conhecidos como vontade-sabedoria-atividade, ou com outros términos. Este triângulo, junto com os três formados pelas linhas traçadas pelo ponto, produz a divina tétrade, chamada às vezes o Quaternário Cósmico.

  Tomando agora os câmbios produzidos na matéria universal em correspondência com as manifestações da consciência, temos na esfera de substância primordial, a matéria virgem do espaço.

  1. O Logos aparece como um ponto irradiando a esfera da matéria (de novo o círculo com o ponto no centro).

  2. O ponto vibrando entre o centro e a circunferência, trazendo assim a linha que marca a separação entre espírito e matéria (uma linha traçada horizontalmente saída do ponto nas direções direita e esquerda medindo o diâmetro do círculo).

  3. O ponto com a linha que gira com o mesmo, vibrando em ângulo reto com a anterior vibração, formando a cruz primordial dentro do círculo (a cruz perfeita).

  Assim se diz que a cruz procede do Pai (o ponto) e do Filho (o diâmetro). Representa o Terceiro Logos, a Mente Criadora, a Atividade Divina disposta para manifestar-nos como Criador.”

  Portanto, o terceiro aspecto do Logos, o Espírito Santo, tirou a matéria de seu repouso e estabilidade agindo através dos três atributos que na própria matéria pregenética já existiam, quais sejam: inércia (tamas), movimento (rajas) e ritmo (sattva). Esse estado da matéria original, antes que o Logos nela trabalhasse, e de alguma maneira tendo sofrido a ação do próprio Deus universal Brahman, detinha condições tais que seus átomos pudessem ser especialmente ativados.

  No estado evolutivo em que a humanidade terrena se encontra, é realmente impossível saber-se com exatidão quais são os objetivos do Criador ao trazer a existência tantas coisas soberbas. O esotérico de iniciações menores sabe muito pouco a este respeito, mas entende a necessidade de trabalhar sob seguras instruções de Adeptos ou Mestres do Conhecimento a fim de auxiliar todo o planeta no seu desenvolvimento. Este trabalho realizado conscientemente com a aplicação correta das energias a cada situação, e no que tange à participação humana, propicia melhores condições de o Grande Plano da Criação ser mais bem conduzido.

  Ao mesmo tempo em que trabalha como operário desse Plano, o esotérico aprende, desenvolve sua consciência e vai gradativamente despertando uma visão interior mais clara de tudo o que o rodeia e ao que interpenetra ao processo evolutivo. Deste modo evolui, passando de um ser humano comum acostumado a analisar primeiramente com o cérebro tridimensional, para aspirante ou iniciado aos mistérios em que se vê instado, antes de tudo, a usar à intuição e ao pensamento abstrato.

  Nesta nova proposta é necessário ao estudante procurar entender que aquilo que particularmente vê nas modificações das formas físicas e na continuidade dessas modificações, consequentemente nas transformações gerais dos reinos mineral, vegetal, animal e humano, são efeitos e não causas. Se assim for perseverante nas observações, e tendo usado de seguidas reflexões, logo perceberá claramente o mecanismo gerador dos efeitos inerente às formas e forças globais da natureza.

  Esse mecanismo atuante e transformador da Vida em todos os reinos conduz os impulsos, acertos e correções para a totalidade das espécies e organismos vivos. Nada escapa dessa regência planetária, mesmo porque ela é um segmento da ação de um mecanismo ainda maior, incrivelmente abarcante, que contém o círculo de existência do sistema solar.

  As interpretações de situações cármicas entre alguns esotéricos não escapam ao engano ao analisar, principalmente, o particular excluído do todo que é a Vida na sua totalidade. Efeitos cármicos são comumente associados às faltas cometidas contra as leis da natureza, gerando com isso, exclusivamente, relações punitivas. A aplicação dos princípios dessa lei é, no entanto, muito mais abarcante, pois começa nos primórdios da criação do próprio sistema solar. Há na imanente e transcendente Vida o indissociado impulso volitivo divino da evolução, manifestado através de todos os fatores condicionantes às miríades de vidas menores. Isso vale tanto para um microscópico verme, um elefante, uma floresta, uma rocha, ou para multidões de seres humanos que se acotovelam nas ruas de grandes metrópoles. Enfim, todas as vidas menores encontradas no planeta são também formas em evolução emanadas de uma só Vida (a Criação como princípio infinito), quer sejam essas vidas estruturas moleculares simples quer organismos complexos. Nessa idéia, podemos inicialmente afirmar que a totalidade da matéria diferenciada em pequenas vidas manifestadas no sistema solar, está condicionada a exercer o processo evolutivo até um estágio futuro que foge de nossas atuais conjeturas, sem que a lei da evolução processe modificações na imanente consciência do próprio Logos. Pois é a consciência do Logos que impulsiona as múltiplas vidas e formas materiais do seu próprio corpo solar a adquirir experiências e não o oposto.  Isso também nos habilita dizer que o Logos ou Deus Solar transcende a tudo, e nada existe que não esteja em Sua consciência. Como tal, o Grande Plano da Criação na Mente do Logos está perfeitamente alinhado e pré-determinado a desenvolver toda a sua potencialidade em etapas de um longuíssimo futuro, conforme idealizado desde a sua concepção numa dimensão fora do espaço-tempo.

  Capítulo X do livro “O Monoteísmo Bíblico e os Deuses da Criação”, por Rayom Ra, disponível para leitura em:


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